Brincando com Fogo e Artilharia 29/12/2010

Foto por George Guimarães


Hoje recebi o treinamento de combate a incêndio, pois estou na equipe que dá suporte à equipe de “ataque” a incêndios, essa formada pelos tripulantes mais experientes. Incêndios em navios não são incomuns e podem acontecer nas mais diversas áreas da embarcação.

Hoje o clima mudou drasticamente e o dia de trabalho terminou mais cedo devido às condições climáticas que dificultam o trabalho no deck. O vento nas laterais do deck é tão forte em alguns momentos que é preciso colocar grande força para poder se mover. Já quando se caminha a favor do vento, a força é para que ele não te leve (ou simplesmente se deixar levar, cuidando apenas para que ele não te derrube. O mar está bastante agitado, talvez mais agitado que no primeiro dia, mas o movimento é mais favoráveis, pois não estamos sendo jogados para os lados. Já no movimento para frente e para trás (ou para cima e para baixo), a força é grande. Acredito que nas extremidades traseira e dianteira a altura deve estar oscilando em cerca de 8 metros. É como se houvesse uma elevação e uma queda de 8 metros a cada 3 segundos. Como a minha cabine fica pr óxima à parte dianteira do navio, meu corpo é erguido do colchão a cada momento. Em pé no deck, os pés perdem o chão com alguma frequência, o que pode se divertido (para pular, basta ficar parado e o chão some debaixo dos pés). Só não é mais divertido porque na maio parte do tempo estamos carregando materiais pesados e nos movimentando contra o vento que vem de frente, a chuva que vem de cima e a água salgada (e gelada a 5 graus Celsius negativos) que vem de baixo. Tudo ao mesmo tempo!

Foto por Eric Cheng
Foto por George Guimarães


Outra parte do dia foi organizar a artilharia: (CENSORED)

Foto por George Guimarães
Ontem testamos o canhão d’água e ele funcionou perfeitamente. Por falar em canhão d’água, estou só imaginando como será a condição no deck quando estivermos desempenhando essas tarefas com o agravante de estarmos sendo atingidos com os canhões d’água da frota japonesa, que além de forte vem na temperatura com que é bombeada do oceano, ou seja, cerca de 5 graus Celsius negativos. Com quer que seja a experiência, estamos todos nos preparando para que ela tenha início logo, pois quanto antes encontrarmos e intervimos na frota japonesa, menos baleias serão mortas. A tarefa no deck agora é manter tudo preparado enquanto a Ponte de Comando continua a busca em plena navegação.

2 comentários:

  1. Enviamos vibrações daqui e muita força para que possam salvar estas preciosas vidas do mar. Torço para que encontrem os navios o mais rápido possível.
    Feliz Ano Novo a toda equipe!

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  2. Muita força para vocês!

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